A menina de pano e palavras descobriu-se cheia de estrofes, travessuras e travessões !

domingo, 30 de janeiro de 2011


'Afinidade acontece ..


Afinidade acontece.
Um mesmo signo, um par de sapatos caramelo, um livro de cabeceira. Afinidade acontece entre seres humanos. a mesma frase dita num mesmo momento, o dialogo mudo dos olhares e as certezas das semelhanças entre o que se canta e o que se escreve. Afinação acontece . um mesmo acorde, um mesmo som , uma mesma harmonia. afinação acontece entre instrumentos musicais. a mesma nota repetidas veses , a busca pela perfeição sonora e a certeza das similaridades entre um tom acima ou um tom abaixo. A incrivel magica acontece quando os instrumentos musicais descobrem afinidades humanas em si no mesmo instante em que os seres humanos descobrem afinações musicais dentro deles mesmos.

Ah, como que já gosto de vocês !
Quelidas da minha vida .


Venha quando quizer, ligue, chame , escreva .
- Tem espaço na casa e no coração . Só não se perca de mim !

Caio F. de Abreu


Saudade, entre outras texturas é tambem mais ou menos assim:
esse abraço que abraça nossa vida inteirinha com os braços compridos do coração !



Bela flor, que saudades eu sinto de tii.
To sentido falta do seu abraço apertado nas minhas manhãs - eu com a cara ainda amassada e você com um sorriso encantador .

Te amo menina .

domingo, 16 de janeiro de 2011




' Que eu consiga alcançar estrelas e tenha sabedoria de guarda-las para as situações de escuridão absoluta. Que quando nada mais parecer dar certo e a esperança tiver ficado pra trás, corroida pelas traças na gaveta do esquecimento, eu invente. Que a raiva não me cegue. Que o medo não me trave. Que a liberdade não me assuste. E que nunca, jamais, em tempo algum , eu deixe de acreditar ! Amém ! '

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


"Em cada coisa pequena existe um anjo."

(Bernanos)


Ando um pouco carente. Talvez eu tenha me convencido que não preciso ser um rochedo todo o tempo. Fortalezas também cansam, precisam de um tempo. A gente é tão pequeno, tão frágil. Nascemos tão puros, vamos nos perdendo da nossa essência aos poucos. A vida vai nos sujando, vamos colocando o pé na lama e afundando.

Uma descrença anda entalada na minha garganta. Me arranha, dói, incomoda. Não sei se ainda posso acreditar. E eu quero, meu Deus, eu quero desesperadamente acreditar que as pessoas fazem merda e se arrependem. Quero acreditar que as coisas não morrem e que, sim, são eternas e bonitas.

Ando um pouco cansada. Das pessoas. De gente que não cresce. Dos que não sabem olhar para a frente e caminhar com as próprias pernas. Às vezes meus joelhos tremem, meus pés ficam cansados, mas sigo andando. Tem gente que não consegue. Por esses não consigo ter a menor admiração.

Uma desilusão sacode os vidros das minhas janelas e me lembram que não posso abraçar o mundo, não posso levar quem eu gosto nas costas. As pessoas precisam, sim, aprender sozinhas. A gente pode aprender pelo amor ou pela dor. E eu insisto: para crescer tem que doer. A gente precisa sentir aquele gosto amargo na boca para amadurecer. A gente precisa ralar o joelho, tropeçar no sonho, estragar toda a maquiagem, torcer o pé, ficar cheinho de hematomas para valorizar o que efetivamente tem valor. E o que, afinal, tem valor? Essa resposta só você pode dar para você mesmo. De preferência, quando estiver a sós com suas muitas faces.

Ando precisando de amor, carinho, atenção e cuidado. Se você não tem tempo ou seu estômago não permite tamanhas emoções, saia da minha vida. De verdade, saia. Porque eu sou assim, tenho esse meu jeito, tenho lá meus defeitos, mas a vida me encanta. E eu gosto de viver encantada por ela. A gente vive assim, nesse estágio de completa bobeira, lágrimas em filmes de romance, simplicidade, sentimentalismos baratos. E eles me saem muito caro. Se você não consegue suportar tudo que eu carrego comigo, tenha a delicadeza de sair de fininho. Não faça esparro nem grite comigo, gosto de quem fala sem se alterar.

Uma verdade grita dentro de mim: tem vezes que sinto vontade de colocar o pé na estrada. Arrumar as malas, sair correndo do meu corpo, não deixar bilhete nem levar o celular. Ficar perdida de mim mesma, me demitir, terminar tudo, pedir a separação. Então lembro que não posso, que todo mundo leva seu azedume, sua mágoa, seu temor. E tento encarar os meus. É que nem sempre é fácil pra mim. Na verdade, tem sido bem difícil. Não sei lidar com perdas . Não consigo encarar esse tipo de coisa. Na verdade, morro de medo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


'' Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou mais me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar a marcê de visitas adiadas, encontros transferidos... ''

( Caio F. Abreu)


Ps: Caio me assusta .

Aponto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz



'' To morando, estudando, trabalhando e amando. Esses são os quatro foles da minha vida, no momento, e sobre cada um deles eu teria milhares de páginas para preencher. Sei lá menina, tá tudo tão legal, e um legal tão batalhado, um legal tão merecido, de costas e pernas doendo, mas coração tranquilo! ''

(Caio F. Abreu )


Ps: Caio me conhece, tenho plena convicção ! haha


- As vezes sinto falta de mim.
- Eu tambem, menina.
- Sente falta de si ?
- Não,de você. E doí.

[ Silêncio ]

- Me abraça?
-Sempre.


Caio F. Abreu
Quando eu olho pra você e você também está olhando pra mim. Quando eu descubro o que você estava pensando, ou quando você completa a minha frase. Quando a gente descobre que se conhece melhor que ninguém e que quase nunca concorda em nada. Quando eu acordo com vontade de abraço e seu braço já está em volta da minha cintura sem eu perceber. Quando é pra tomar a decisão mais boba ou pra decidir mudar uma vida e a gente acaba sempre conseguindo. Tem gosto de coisa nova a minha poesia ter sumido um pouco, a minha eloqüência ter virado só loucura, e a minha vontade de palavra agora ser só silêncio. Tem gosto de alegria todas as coisas que a gente conseguiu juntos. (...)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011








'É talvez eu seja simplesmente, como um sapato velho. Mas ainda sirvo se você quiser, basta você me calçar que eu aqueço o frio dos seus pés.'





Ps: Hoje eu acordei meia estranha; com uma vontade enorme de ter um amor pra vida toda !

terça-feira, 4 de janeiro de 2011


"Sentei-me ao chão com as minhas insatisfações. Procurei um baú antigo, nos guardados da casa, pra ver se me trazia de volta uma lista de possibilidades. Fraquejei no momento em que um retrato teu me veio à mente. Mas fechei os olhos com força, até que a imagem se esfumaçasse, e jurei pra mim mesma que não haveria de ser com você, não mais. Porque pra mim, amor que fere não me acrescenta em nada. O que me faz infeliz, eu descarto na hora."

(Cris Carvalho)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


' Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e
te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca
para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem
urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim
calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas
com lenta delicadeza, deixando claro em cada promessa que jamais será
cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me
queres assim porque assim que és? '

domingo, 2 de janeiro de 2011



' Quem teve a ideia de corta o tempo em fatias , a que se deu o nome de ano, foi um individuo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dá pra qualquer ser humano se cansar e entragar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro numero e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. '

( Carlos Drummond de Andrade )


sábado, 1 de janeiro de 2011

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem as formas do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam ao mesmo lugar. É tempo de travessia; e se não ousarmos faze-la, teremos ficado, para sempre , á margem de nos mesmos.

( Fernando Pessoa )